As áreas de ponderação permitem uma análise das estimativas do Censo Demográfico para recortes intramunicipais, atendendo a demanda por informações em áreas menores que os bairros. O intuito é que essas áreas tenham uma coerência espacial e possam expressar melhor as diferenças socioeconômicas.
O coordenador de base territorial da superintendência do IBGE Amazonas, Jessé Nogueira Miranda, destacou que a pesquisa das Aponds ocorre em municípios com mais de 100 mil habitantes, buscando retratar Manaus, no caso, de maneira mais fiel dentro do território da cidade.
“A pesquisa busca retratar de maneira mais fiel, dentro do universo de Manaus, regiões espaciais que podem ser maiores que um setor censitário, com as variáveis socioeconômicas, de distribuição de renda, nível de escolaridade e a forma de ocupação dos domicílios. O sistema é on-line e integrado, sendo acessado de forma remota pelos navegadores, para saber as áreas de ponderação que o IBGE já construiu e se elas coincidem com os dados da prefeitura”, concluiu Miranda.O trabalho vem sendo desenvolvido pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) durante o mês de março, junto a arquitetos, urbanistas, engenheiros e técnicos das gerências de Patrimônio Histórico (GPH), de Mobilidade Urbana (GMU), de Informação e Geoprocessamento (GIG), e da Divisão de Projetos Urbanísticos (Dipu), dentro da Diretoria de Planejamento (DPLA).
“Essas áreas são agrupamentos de setores censitários, o menor recorte, menor do que a delimitação referente a um bairro ou a uma comunidade. O objetivo é conseguir ter uma visão socioespacial da cidade, onde temos a cidade que é planejada e temos as Aponds, mostrando dados de ocupações regulares e irregulares. E essa leitura vai permitir à prefeitura ter informações para nortear políticas públicas mais específicas. Trata-se de um sistema e estamos atuando na revisão do conteúdo, a partir de georreferenciamento”, explicou o diretor de Planejamento do instituto, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
Em cada área de ponderação, por exemplo, é preciso ter entre 400 a 900 domicílios particulares ocupados, além de acompanhar limites políticos administrativos, delimitação de bairros, estrutura viária, cursos d’água e perfil socioeconômico. “Em vez de se ter uma grande área administrativa, que no caso são os bairros, e Manaus possui 63 bairros oficiais, nós teremos diversas áreas de ponderação dentro de cada bairro”, pontuou o diretor.